quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Soja sem desmatamento

Enquanto ruralistas tentam derrubar o Código Florestal, empresas consumidoras querem compromisso permanente pela preservação florestal e indústria dá continuidade à moratória da soja.

Por pressão do mercado, a indústria da soja se compromete por mais um ano a não comprar soja de áreas recém-desmatadas na Amazônia. Foto: © Greenpeace/Bruno Kelly
As 25 empresas comercializadoras de soja representadas pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e pela Associação Brasileira de Exportadores de Cereais (ANEC) reafirmaram na manhã de hoje, em evento em Brasília, seu compromisso com a moratória da soja. Isso significa que, pelo quinto ano consecutivo, nenhuma dessas empresas – que representam 90% da comercialização de soja no país – poderá comprar o grão de fornecedores na Amazônia que tenham desmatado após julho de 2006.
Enquanto a cerimônia acontecia no Brasil, na Europa a Amazon Alliance – grupo internacional formado por empresas consumidoras de soja brasileira, como McDonald’s, Carrefour e Tesco – divulgava nota reafirmando seu compromisso com o desmatamento zero. No comunicado, as companhias se disseram preocupadas com as alterações propostas no Código Florestal, já que “uma das razões pelas quais a moratória da soja é bem-sucedida reside no fato de que ela é mais ambiciosa que a legalidade – mirando o desmatamento zero”.
“A renovação da moratória e o comunicado da Amazon Alliance mostram que existe um setor do agronegócio brasileiro capaz de crescer sem derrubar mais floresta. Mas, enquanto isso, no Congresso e no campo, tem gente que ainda prefere um modelo de produção atrasado e predatório”, diz Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace. Prova disso está nas taxas de desmatamento, que após dois anos de queda voltaram a crescer, na esteira das promessas de anistia a quem cometeu crimes ambientais discutidas no Congresso.

Ministra Izabella Teixeira entre Paulo Adario (Greenpeace, 1º esq.) e Carlo Lovatelli (Abiove, 1º dir) Abiove/Divulgação
O Mato Grosso, onde predomina a produção de soja, retomou a posição de Estado que mais derruba floresta em 2011. Segundo uma análise feita pelo Greenpeace, esse avanço ocorreu principalmente em áreas agrícolas, com um aumento de 46% das derrubadas. Se forem levados em conta apenas os municípios da moratória no Estado, o crescimento é ainda maior: 58% de um ano para o outro. “O número de casos vem crescendo em ritmo preocupante, e esse aumento no Mato Grosso colocará, em um ou dois anos, muito mais soja de desmatamento no mercado. A moratória nunca foi tão importante”, afirma Adario.
“A cadeia produtiva da soja está se adaptando a novos requisitos dos mercados internacionais, que estão exigindo cada vez mais produtos certificados. Os resultados são promissores, mas os desafios para se avançar na direção de uma agenda ambiental ainda são muito grandes”, diz a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também presente na cerimônia.
Governança

© Greenpeace/Nilo D'Avila
Durante a coletiva, a Abiove e a Anec também divulgaram proposta para promover o Cadastro Ambiental Rural (CAR) entre os produtores, iniciativa aplaudida pela Amazon Alliance. O CAR é um instrumento público de regularização ambiental. Por meio dele, informações básicas das propriedades rurais, como perímetro das fazendas e quantidade de vegetação remanescente, são disponibilizadas publicamente.
A proposta apresentada é um conjunto de ações a serem executadas para promover o cadastro na região de influência da soja. “O CAR é fundamental para que a indústria possa monitorar a moratória e garantir ao consumidor um produto livre de desmatamento. Agora é necessário o estabelecimento de metas, especialmente em municípios onde o desmatamento aumentou”, frisa Paulo Adario.

domingo, 11 de setembro de 2011

Conheça a Historia do GreenPeace!

No dia 15 de setembro 1971, 12 ativistas zarparam de Vancouver num velho barco rumo à ilha Amchitka para impedir testes nucleares. Assim nascia o Greenpeace

Uma viagem pela vida e pela paz. Foi com esse pensamento que um grupo de ecologistas, jornalistas e hippies planejaram zarpar do porto de Vancouver, no Canadá, rumo ao Ártico, com um velho barco de pesca chamado Phyllis Cormack. O ano: 1971. O plano: impedir que os Estados Unidos levassem a cabo testes nucleares em uma pequena ilha chamada Amchitka, na costa ocidental do Alasca.

 
Bob Hunter, um dos fundadores do Greenpeace, em frente ao Phyllis Cormack.
Dois anos antes, mais de 10 mil pessoas já haviam tentado impedir testes e bloquearam o maior posto de fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos, carregando faixas que diziam: “Não faça onda!”, em referência aos maremotos causados pelas explosões. Para Jim Bohlen e Irving Stowe, líderes do protesto, era preciso fazer algo mais além de faixas na fronteira.

Mal sabia o pequeno grupo de 12 ativistas que o ato de colocar a embarcação nas águas gélidas do Ártico marcaria a fundação do Greenpeace, hoje a maior organização ambientalista do planeta.

O barco, interceptado antes de chegar à ilha, não impediu que os Estados Unidos detonassem a bomba. Ainda assim, a viagem despertou a atenção da opinião pública, muito mais do que os próprios organizadores poderiam imaginar. A voz da razão prevaleceu e naquele mesmo ano os testes foram suspensos em Amchitka, então declarada santuário de pássaros.
A idéia de que alguns indivíduos podiam fazer a diferença por um planeta mais verde e pacífico se tornou realidade e amealhou uma legião de seguidores em todos os continentes.

Aos quase 40 anos de idade, o Greenpeace festeja não só as vitórias colecionadas por quatro décadas, mas também uma trajetória que começou graças à iniciativa de 12 ativistas a bordo de um velho barco e que hoje tem o apoio de escritórios em 40 países, três navios e a parceria de seus mais de três milhões de colaboradores mundo afora.

 
Primeira tripulação.
Por acaso Afinal, como surgiu nome da maior organização ambientalista do mundo? Puro acaso. Isoladas na bandeira do barco, que seguia rumo à Amchitka, as palavras Green (verde) e Peace (paz) não cabiam num button vendido para ajudar a arrecadar fundos para a viagem. A solução? Juntar as duas palavras. Assim nascia o Greenpeace.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Velha fronteira, novos desmatamentos


Análise do Greenpeace mostra que a agricultura foi carro-chefe nos recentes desmatamentos em Mato Grosso.
O desmatamento explosivo que fez o governo instalar um gabinete de crise e mandar uma tropa de fiscais para o Mato Grosso nos últimos meses tem destino provável: o ritmo de desmatamento em áreas agrícolas foi bem maior que em regiões onde predomina a pecuária. A notícia foi dada hoje pelo jornal Estado de S. Paulo, em cima de uma análise que o Greenpeace fez dos alertas de desmatamento emitidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entre agosto de 2010 e julho de 2011.
Para fazer a conta, a equipe de Geoprocessamento do Greenpeace considerou como área de influência de agricultura os polígonos desmatados num raio de 500 metros de regiões onde hoje predomina essa atividade. Comparando com os dados do mesmo período entre 2009 e 2010, houve aumento de 46% no desmatamento em área agrícola. A mesma coisa foi feita para calcular a área de influência da pecuária, onde o corte de florestas cresceu bem menos: 27%.
Os dados são provisórios, já que vêm do Deter, o sistema de alerta e não de medição de área de desmatamento. “Mas eles indicam uma clara tendência de expansão da agricultura naquela área, principalmente para o cultivo de grãos, como soja”, destaca Rafael Cruz, membro da Campanha Amazônia do Greenpeace. A região concentrou os últimos alertas de desmatamento, fazendo com que o estado de Mato Grosso voltasse a seus dias de líder de derrubadas.
Com o período da seca batendo à porta, a situação por ali ainda pode ter desdobramentos com o possível aumento de queimadas, que geralmente vêm na sequência das derrubadas, para limpeza do terreno. “Por conta do aumento do desmatamento, estamos esperando que ali aumentem os focos de calor”, confirmou Eduardo Rodrigues, coordenador de Fiscalização, Florestas e Unidades de Conservação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. “Mas, por enquanto, está controlado”.


Fonte:GreenPeace

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Fora petróleo!

Zona de maior biodiversidade do Atlântico Sul, Abrolhos corre o risco de virar um grande poço de petróleo. Campanha pede uma moratória da exploração na região.

   Zona de maior biodiversidade do Atlântico Sul, Abrolhos corre o risco de virar um grande poço de petróleo. A região foi loteada em 2003 pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) e agora dez empresas nacionais e estrangeiras estão prontas para começar a exploração dos 13 blocos atualmente sob concessão do governo.
É por isso que o Greenpeace Brasil começou uma campanha em que pede uma moratória na exploração de gás e petróleo nos arredores do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos.
Com uma área aproximada de 93.000 km², a moratória estabelece uma zona de segurança ao redor do parque nacional. Dentro desta área, estará banida apenas a exploração de gás e petróleo, evitando que um desastre ambiental contamine ecossistemas sensíveis, responsáveis pela reposição dos estoques pesqueiros e reprodução de inúmeras espécies ameaças de extinção.
A moratória, entretanto, depende de um acordo entre o governo e as empresas com blocos de exploração nesta região. São elas Petrobrás, Vipetro, Perenco, OGX, HRT, Shell, Vale, Cowan, Sonangol e Repsol.
O Greenpeace contatou estas empresas por meio de cartas, expondo a importância e necessidade da moratória. Até a sexta-feira passada, dia limite para as respostas, nenhuma empresa havia se posicionado com relação à proposta.
A campanha lançou uma petição online, em que está recolhendo assinaturas da população a favor da moratória. Esta petição será levada às empresas e autoridades, e pode ser acessada pelo endereço: www.greenpeace.org.br/abrolhos.
Deixe as baleias namorarem
A campanha do Greenpeace adota um personagem ilustre para representar o drama que a exploração de petróleo pode representar para a fauna marinha de Abrolhos: a baleia jubarte.
O mote “Deixe as baleias namorarem” é uma referência a este mamífero marinho, ameaçado de extinção devido a séculos de caça comercial. Entre os meses de julho e novembro, as jubarte fazem das cálidas águas de Abrolhos seu ninho de amor. Ali, elas se reproduzem e amamentam, enquanto atraem turistas para toda a região da costa sul da Bahia.
Assista o vídeo da campanha:

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Fonte:@greenpeaceBR
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Seria otimo que todos tivessem consciência de respeitar os animais,que se diz respeito aos mamíferos:AS BALEIAS!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Deputado incendeia 153 hectares de mata da Amazônia

o dia em que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou a volta do desmatamento na Amazônia, o deputado federal Raimundo Coimbra Júnior (PMDB-TO) foi flagrado colocando fogo em 153 hectares de mata nativa para aumentar a área de pastagens de sua fazenda, no Estado do Pará, revelou o jornal O Globo.
Coimbra Júnior é dono da fazenda Vale da Cachoeira, em São Félix do Xingu, junto à Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu. Nesta propriedade, avaliada em R$ 2 milhões, o deputado mantém 800 cabeças de gado.
O desmatamento ilegal foi descoberto por fiscais do Ibama por meio de imagens de satélite e rendeu ao deputado uma multa de R$ 3 milhões. Além de ser autuado, o deputado teve cinco motosserras apreendidas em sua propriedade, além de ter embargadas as atividades que impedem a regeneração das florestas, como a pecuária.
Esta não é a primeira vez que o deputado Coimbra Júnior foi autuado por crimes ambientais. Em 2005, ele levou duas multas: uma no valor de R$ 436,9 mil e outra de R$ 291,3 mil.
Atualmente, São Félix do Xingu é o município líder em desmatamentos ilegais no Pará.
Legislando em causa própria
O deputado Raimundo Coimbra Júnior fez parte da bancada da Câmara que votou a favor das mudanças no Código Florestal. O novo texto prevê a anistia aos desmatadores e atende aos interesses da ala ruralista do Congresso Nacional.
O texto, agora, está em tramitação no Senado. Mas, aparentemente, a primeira vitória na Câmara dos Deputados elevou os ânimos dos ruralistas e dos desmatadores. Os dados do Inpe divulgados ontem revelaram que a Amazônia perdeu 312 km2 de florestas em junho deste ano, 28% a mais que no mesmo período de 2010.

O desmatamento voltou!

Dados do Inpe mostram que a Amazônia perdeu 312 km2 de florestas em junho deste ano, 28% a mais que no mesmo período de 2010

 
© Greenpeace / Rodrigo Baleia

Pelo quarto mês consecutivo, o desmatamento registrado na Amazônia cresceu em relação ao ano passado. Em junho de 2011 a região perdeu 312 km2 de floresta, um aumento de 28% em relação à área medida em junho do ano passado, que foi de 243 km2, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Ainda que o sistema usado, o Deter, não seja o oficial na medição de área, fica clara a tendência de aumento. “Se alguém ainda tinha dúvidas sobre o impacto da reforma do Código Florestal no campo, eis o resultado”, afirma Marcio Astrini, da campanha da Amazônia do Greenpeace.
O PLC 30/2011, aprovado em maio na Câmara dos Deputados, foi escrito pela bancada ruralista para afrouxar as regras ambientais. Mais do que isso: o texto estimula o desmatamento ao reduzir as áreas de proteção às florestas e anistiar criminosos ambientais, e ainda diminui o poder de intervenção e fiscalização do governo federal.
Além da promessa de perdão, outro conhecido estímulo à destruição florestal anda dando as caras: o aumento de preço das commodities. Os dois fatores unidos alimentam as motosserras, como o Greenpeace tem visto acontecer em seus sobrevoos.
O desmatamento é um ataque ao patrimônio ambiental brasileiro, ao reduzir a biodiversidade e afetar os serviços ambientais que a Amazônia oferece, como regulador climático e água - inclusive para a produção agrícola em outras regiões do Brasil. A retomada, por sua vez, coloca em risco compromissos internacionais assumidos pelo país para o controle do aquecimento global e a manutenção da biodiversidade.
Para tentar conter o aumento do desmatamento que o próprio governo classificou como atípico, foi criado, em maio, um gabinete de crise para lidar com o assunto. Porém, mesmo com o aumento do efetivo de fiscalização na Amazônia, a floresta continua a ser derrubada “Os números mostram que as atitudes para parar o desmatamento ainda não foram suficientes, nem no campo, muito menos no Congresso”, diz Astrini. “A cada hectare de floresta derrubada, acumulamos um prejuízo imenso para o país, seja na agricultura ou nas cidades. Resta saber se a bancada ruralista vai pagar a conta ou se seremos nós, cidadãos brasileiros, a arcar com os custos.”

>>Fonte

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Foi Falado...


Quando o último rio tiver secado, quando a última árvore tiver caído, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come. Greenpeace

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